Existe muita dúvida sobre CDB pós-fixado e pré fixado, a respeito de qual deve ser o escolhido para uma carteira de investimentos e principalmente qual deles é mais seguro. A definição de qual ativo é melhor ou pior sempre irá depender dos objetivos e perfil de cada investidor, porém neste artigo quero falar sobre as características de cada tipo, assim você poderá tomar sua própria divisão. Confira abaixo!
Primeiro: quais são as razões para investir em renda fixa?
A renda fixa tem um papel fundamental numa carteira de investimentos. Ela será a referência para sua alocação ideal, ajudando no balanceamento e equilíbrio da carteira quando as condições do mercado não estiverem favoráveis aos investimentos de maior volatilidade.
A renda fixa também é o veículo indicado para manter a reserva de emergência.
O que é um CDB (certificado de depósito bancário)?
O CDB, é um título emitido principalmente por bancos e sociedades de crédito e conta com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) no valor de até 250 mil por instituição e CPF.
Quando um investidor investe em um CDB, ele empresta seu dinheiro para a instituição que, por sua vez, usará o recurso em sua carteira de crédito junto aos seus clientes.
Em contrapartida, o investidor recebe uma taxa de juros que pode ser pré ou pós determinada.
O que é um CDB pré fixado?
O CDB pré- fixado é aquele título no qual o investidor aplica seu recurso já sabendo qual será a rentabilidade ao final do período.
Ou seja, o percentual de juros que sua aplicação renderá já é previamente conhecido, como 12% ao ano, por exemplo.
Desse modo, não há surpresas quanto ao rendimento final, desde que o investidor mantenha seu título até o vencimento.
O CDB pré fixado não garante ao investidor receber um percentual sempre acima do CDI, e isso é explicado melhor no vídeo.
Caso ele precise resgatar o valor antecipadamente, terá que vender seu título no mercado secundário.
Nesses casos, o investidor fica sujeito ao mecanismo conhecido como “marcação a mercado”, quando o valor futuro é trazido a valor presente e o papel é precificado de acordo com as taxas de juros praticadas no momento. Dependendo do cenário de juros, o investidor pode até mesmo resgatar menos dinheiro do que investiu.
O que é um CDB pós-fixado?
O CDB pós-fixado sempre é atrelado a um indicador de mercado. Se o indicador eleva sua rentabilidade, o CDB renda mais. Se o indicador é rebaixado, o CDB rende menos, contudo, sempre terá rentabilidade positiva.
Neste caso o investidor não sabe exatamente o que irá receber no futuro, porém, ele garante que irá receber o indexador. Explico isso no vídeo.
Os indicadores mais usados em títulos pós-fixados são 3, basicamente: a taxa Selic, o CDI e a inflação, representado pelo IPCA. Esse é o índice do IBGE tomado como indicador oficial da inflação no Brasil.
No caso dos CDBs, é muito comum vê-los atrelados ao CDI. Assim, essa modalidade de aplicação financeira vem expressa em seu título a rentabilidade como um percentual do CDI.
Exemplos são 105% do CDI ou mesmo 120% do CDI.
Taxa pré ou pós: qual deles escolher?
O nível da taxa de juros impacta diretamente na decisão do investidor em escolher qual é o melhor título.
Para escolher adequadamente o CDB a ser colocado na carteira, é preciso considerar diversos fatores e, como eles variam de investidor para investidor, a decisão acaba sendo muito particular de cada um.
Para quem deseja compor uma reserva de emergência, o pós-fixado é a melhor alternativa.
No entanto, caso o investidor tenha uma previsão de manter o recurso aplicado por mais tempo e existe um viés de baixa na taxa de juros, pode-se optar pelo pré-fixado. A queda na taxa de juros faz com que o título pré fixado fique interessante na marcação a mercado.
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