Investidores que querem se proteger das variações de preços de seus ativos podem estruturar operações específicas para isso.
Hedge é uma estratégia de investimentos que tem o objetivo de proteger o valor de um ativo – uma ação, uma moeda ou outros – contra a possibilidade de variações futuras. É uma espécie de “seguro” para o preço que ajuda a limitar os riscos, especialmente da renda variável, oferecendo um pouco mais de previsibilidade para o investidor.
Um investidor que se posiciona como hedger quer proteção. Sua principal preocupação ao adotar essa estratégia não é obter lucro, e sim evitar perdas.
Existem variadas formas de fazer uma operação de hedge. Uma das estratégias clássicas é lançar mão do mercado futuro – que, aliás, foi criado exatamente com esse objetivo.
A principal razão para realizar uma operação de hedge é evitar uma perda brusca e grande em função da variação dos preços dos ativos. Em alguns casos, uma situação desse tipo pode acabar provocando um rombo no patrimônio das empresas ou dos investidores.
Quem opta por adotar uma estratégia de hedge acaba ganhando mais tranquilidade para operar, porque ela dá mais estabilidade e segurança nas operações realizadas na bolsa de valores. E investidores protegidos tendem a ter mais disposição para tentar negócios diferentes e, potencialmente, lucrativos.
Este vídeo tem objetivo de explicar a estratégia. Não existe nenhuma recomendação de compra e/ou venda.
Contratos futuros
As operações de hedge com contratos futuros também podem ser utilizadas por investidores do mercado de ações. Existem, por exemplo, futuros de Ibovespa, que são como acordos de compra ou venda em que se negocia – hoje – o valor de pontuação do Ibovespa para uma data futura.
Assim, um investidor que possua uma carteira de ações compradas no pregão à vista da bolsa de valores pode procurar se proteger negociando contratos futuros de Ibovespa – que, na prática, reflete o desempenho médio do mercado acionário brasileiro.
Se a perspectiva é de que poderá haver uma desvalorização das ações compradas à vista, é possível vender contratos (ou minicontratos) futuros de Ibovespa. Se o houver uma queda de 10% do mercado, as ações perderão valor – mas, ao mesmo tempo, a operação com contratos futuros vai gerar lucro, compensando a perda.
Há, é claro, o efeito contrário também. Se eventualmente o mercado seguir na direção contrária à imaginada e avançar 10%, as ações à vista vão valorizar, enquanto a operação com contratos futuros registrará uma perda. De toda forma, se forem realizadas de maneira estruturada, a perda será compensada também.
ETF
Também é possível realizar estratégias de hedge usando fundos de índices, os famosos ETFs (Exchange Traded Funds). Esses fundos – que replicam a composição de índices de mercado como o Ibovespa – têm as suas cotas negociadas no pregão como se fossem ações.
Quem compra um ETF de Ibovespa vai lucrar se o índice subir e perder caso recuo. Mas, para ser usado como hedge para uma carteira de ações comprada no mercado à vista, a sugestão é vender as cotas do ETF no mercado – ou “operar vendido”, como se costuma dizer. Ao fazer isso, o investidor poderá recomprá-las mais tarde, por uma cotação mais baixa, embolsando a diferença como lucro. E esse lucro é o que compensaria as eventuais perdas registradas com as ações à vista mantidas na carteira.
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